Empresário é preso com arsenal no RJ após dar tiros durante festa de noivado

Rogério Ribeiro Riguetti foi atuado por posse ilegal de arma de fogo e liberado após pagar fiança de R$ 66 mil; agentes encontraram em endereços dele 27 armas, sendo 21 de ar comprimido

Um empresário de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, foi preso nesta terça-feira, durante uma operação da 143ª DP (Itaperuna) após um vídeo em que aparece dando tiros para o alto viralizar nas redes sociais. Rogério Ribeiro Riguetti comemorava o noivado com uma adolescente e, de acordo com a investigação, estava embriagado no momento em que atirou. Ele foi autuado por posse ilegal de arma e liberado após pagar uma fiança de 50 salários-mínimos — R$ 66 mil.

O vídeo mostra Rogério Ribeiro Riguetti atirando quatro vezes e depois chamando uma pessoa. Quem se aproxima é uma mulher, que seria a noiva do empresário. Ela coloca a mão em cima da do empresário. “Você vai mirar para cima e para lá”, diz ele. Em seguida, mais um disparo é feito.

A prisão do empresário ocorreu em mais uma etapa da Operação Itaperuna Segurança, informou o delegado Filipi Poeys, titular da 143ª DP. Os agentes foram à casa de Riguetti, no bairro Niterói, para cumprir um mandado de busca e apreensão. No imóvel foram apreendidos um revólver calibre .38 , uma espingarda calibre .22 com luneta, 36 munições calibre .38 intactas, 18 estojos calibre .38 deflagrados, 72 munições calibre .22 intactos, sete estojos calibre .22 deflagrados, um carregador vazio de rifle .22, uma pistola de ar comprimido marca Gamo e seis carabinas de ar comprimido.

Os policiais estiveram também no endereço comercial do empresário. Lá foram apreendidos um revólver calibre .22 , dois rifles .22 com luneta, um rifle .38, 105 munições de calibre .22 intactas, 14 munições intactas de calibre .38, 100 estojos de calibre .38 deflagrados, um carregador vazio de calibre .22, sete lunetas sem marca aparente, 13 carabinas de ar comprido e uma pistola de ar comprimido.

Rogério Ribeiro Riguetti não apresentou a documentação relativa a um revólver calibre .38 e, por isso, acabou sendo preso em flagrante. Ele foi levado para a 143ª DP e, após pagar a fiança arbitrada por Poeys, foi liberado.

Num vídeo que também circula em redes sociais, o empresário se desculpou por sua irresponsabilidade e negou que estivesse alcoolizado. “Sou um atirador esportivo, sou muito bem treinado para usar essas armas que eu tenho”, disse.

“Mais uma vez venho pedir desculpas por ter feito esse ato impensado (…). Determinadas pessoas a gente deixa entrar na nossa casa e parece que não são muito felizes e postam determinadas coisas que não seriam para postar. Mesmo assim, eu errei e estou aí pedindo desculpas”, afirmou.

Estatuto do desarmamento

Riguetti foi autuado pelo artigo 12 da Lei 10.826, de dezembro de 2003: “Possuir ou manter sob sua guarda arma de fogo, acessório ou munição, de uso permitido, em desacordo com determinação legal ou regulamentar, no interior de sua residência ou dependência desta, ou, ainda no seu local de trabalho, desde que seja o titular ou o responsável legal do estabelecimento ou empresa”. A pena é de detenção de um a três anos e pagamento de multa.

O artigo 15 da mesma Lei diz que “disparar arma de fogo ou acionar munição em lugar habitado ou em suas adjacências, em via pública ou em direção a ela, desde que essa conduta não tenha como finalidade a prática de outro crime” tem pena de reclusão de dois a quatro anos e pagamento de multa.

Perguntado se o empresário pode responder pelo artigo 15 também, o delegado Filipi Poeys ainda não retornou

By Marcelo aguiar

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